Agricultura Urbana e Plantas Silvestres espontâneas: Cultivo e consumo para além do prato.
Resumo
O Rio de Janeiro preserva áreas de importante agricultura urbana, apesar do seu reconhecido perfil de grande metrópole. O grande êxodo rural impulsionado pelo desenvolvimento e modernização das grandes capitais do país trouxe para os centros urbanos levas de agricultores que apesar de, atualmente conviverem com a realidade da metrópole, preservam conhecimentos e recriam territórios com histórico de uso da terra voltados a agricultura. Na zona oeste do Rio de Janeiro, em locais como a Colônia Juliano Moreira e Guaratiba, existem experiências de agricultura urbana onde o conhecimento acerca da biodiversidade é preservado. O presente trabalho visa compreender a origem desses agricultores urbanos e suas tradições de cultivo e consumo de plantas silvestres espontâneas e como se preservou ao longo do tempo e influencia nos cultivos. O trabalho também abordará as oportunidade de diversificação dos sistemas agroalimentares com plantas silvestres tradicionalmente consumidas/cultivadas na região visando a intensificação serviços ecossistêmicos de regulação: (I) polinização e (II) controle biológico de pragas. Espera-se ter uma melhor compreensão dos processos de alteração da alimentação e dos processos produtivos dessas pessoas vis-à-vis seu histórico e origem e a partir do conhecimento encontrado, estruturar sistemas tendo essas plantas alimentícias silvestres como catalisadoras da intensificação da polinização e do controle biológico.
Palavras-chave
PANC; Plantas Espontâneas; Biodiversidade, soberania alimentar.
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