Produção de celulases e degradação de bagaço de cana-de-açucar por microrganismos oriundos do trato intestinal de Trigoniulus corallinus (Diplopoda)

Samuel Ribeiro Passos, Maria Elizabeth Fernandes correia, Norma gouvea Rumjanek, Gustavo Ribeiro Xavier

Resumo


A capacidade de digestão de material ligninocelulósico por insetos, vem atraindo a atenção da comunidade científica, por ser esta uma mediadora da conversão da biomassa a biocombustíveis. O diplópode Trigoniulus corallinus possui grande capacidade de fracionamento, ingestão e decomposição de materiais lignocelulósicos, sendo utilizado como fonte de prospecção de microrganismos celulolíticos. O objetivo deste trabalho foi a quantificação de açucares redutores evoluídos a partir da decomposição de bagaço de cana de açúcar incubado com o isolado celulolítico S10.2. Para tal, foi utilizado o processo de fermentação em fase líquida, na qual foi-se adicionado 20g de bagaço de cana em 100mL de solução mineral minima (MMBH) e inoculado o isolado S10.2 em D.O de 0,6 (após 120 horas de proliferação em meio CMC) e incubado a 28°C, 150 RPM. As coletas  do extrato enzimático procederam-se aos 5, 7, 9, 11, 13 e 15 dias. Foi-se utilizado carboxi-metil celulose (CMC) para estimar atividade de endoglucanases e papel de filtro Waltman N°1 para estimar endo e exoglucanases. O extrato enzimático (sobrenadante) foi incubado em tampão citrato a 50°C por 30 min(CMC) e 60 min (papel filtro). A evolução de açúcar redutores foi analisada via método DNS e comparados estatisticamente pelo teste Tukey a 5% de significância. Na avaliação tanto para produção de CMCases quanto FPases, o isolado S10.2 apresentou médias elevadas em relação ao controle não inoculado, sendo estatisticamente diferentes. Diante destes resultados, os próximos passos serão o isolamento das enzimas celulolíticas ou complexos enzimáticos envolvidos na degradação de celulose.

Palavras-chave


Microbiota associada trato intestinal, enzimas hidrolíticas, bioegradação bagaço cana-de-açucar

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