Atividade enzimática em sistemas agroflorestais em áreas de cerrado e de caatinga

Resumo

O objetivo desse trabalho foi determinar a atividade da beta-glicosidade, fosfatase ácida, arilsulfatase e da hidrólise do diacetato de fluoresceína para comparar diferentes áreas de cerrado e de caatinga sob cultivo tradicional de corte e queima e sob sistemas agroflorestais. O estudo foi realizado em dois municípios no Estado do Piauí, em 10 unidades de amostragem na profundidade de 0 a 5 cm. Em Pedro II foram amostradas áreas de caatinga em regeneração há seis anos, sistema agroflorestal há um ano e há cinco anos, área de corte e queima e vegetação de caatinga nativa. Já em Esperantina utilizaram-se áreas em sistema agroflorestal há seis nove e 13 anos, área de corte e queima e vegetação de cerrado nativo. Em caatinga, a atividade do diacetato de fluoresceína foi maior na área em sistema agroflorestal há um ano e menor na área com caatinga nativa, com diferenças significativas entre as mesmas, embora estas não tenham diferido das demais unidades de amostragem. Já para fosfatase ácida, os valores obtidos foram da ordem de duas a três vezes maiores que os encontrados para atividade da β-glicosidase e arilsulfatase, embora estes não tenham sido satisfatórios na diferenciação entre unidades de amostragem para os dois biomas. Nas áreas de cerrado, as atividades de β-glicosidase foram mais elevadas na área em sistema agroflorestal há 13 anos e menores nas áreas em sistema agroflorestal há nove anos e no sistema de corte e queima, sendo estas últimas semelhantes. Assim, com base nos resultados obtidos verificou-se que a determinação da atividade da β-glicosidase e arilsulfatase foi mais eficiente na separação entre os diferentes sistemas, sendo o mesmo não observado para a fosfatase ácida.