PRODUTIVIDADE DE ALHO-PORÓ SUBMETIDO AO MANEJO ORGÂNICO E FERTILIZADO COM COMPOSTOS VEGETAIS FERMENTADOS

José Guilherme Marinho Guerra, Aline Júnia Garcia, Jhonatan Marins Goulart, Kerly Martinez Andrade, Ednaldo da Silva Araújo, José Antonio Azevedo Espindola, Janaína Costa Ribeiro Rouws

Resumo


Atualmente, um dos principais desafios dos sistemas orgânicos de produção consiste na obtenção de fontes multielementares de fertilizantes com eficiência agronômica no que se refere à provisão de macronutrientes essenciais. Como a legislação nacional que regula a agricultura orgânica interdita o emprego de fertilizantes sintéticos concentrados, torna-se interessante reciclar resíduos para formular compostos orgânicos, em particular na formulação de compostos fermentados. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a produtividade, em sistema orgânico, do alho-poró (Allium ampeloprasum var. porrum L) fertilizado com compostos vegetais farelados, submetidos ou não ao processo de fermentação. O experimento foi conduzido na Fazendinha Agroecológica Km 47 entre os meses de abril e setembro de 2021. Os compostos orgânicos foram formulados por meio da mistura de uma fonte energética (farelo de trigo - 60%) conjugado à uma fonte com elevado teor de N (farelo de mamona - 40%). O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, distribuídos em esquema fatorial 2 x 4 + 1, sendo os tratamentos como segue: compostos (fermentado e não fermentado), doses (4, 8, 16 e 32 Mg ha-1), acrescido de um controle sem fertilização. Os fertilizantes foram incorporados ao solo aos sete dias antes do transplantio das mudas de alho-poró. A cultivar de alho-poró utilizada foi ‘Carentan’.  No que se refere a variável produtividade, depreende-se que não há diferença entre as fontes de composto (fermentado e não fermentado). Todavia, as fontes proporcionaram valores de produtividade maiores do que as observadas no controle, sendo as diferenças identificadas nas doses de 8 e 16 Mg ha-1, respectivamente, com a aplicação do composto farelado fermentado e não fermentado, alcançando, respectivamente, 57 e 55 Mg ha-1.

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