Co-inoculação de microrganismos promotores de crescimento vegetal em Macrotyloma axillare cv.Java

Thiago Neves Teixeira, Mayan Blanc Amaral, Jerri Edson Zilli, Segundo Urquiaga, Bruno Jose Rodrigues Alves

Resumo


Leguminosas forrageiras raramente são inoculadas com microrganismos promotores de crescimento (MPCV) e, para muitas delas, pouco se sabe se essa tecnologia ajudaria no melhor estabelecimento da planta. Com esse objetivo, avaliou-se o uso da inoculação da leguminosa forrageira Java (Macrotyloma axillare cv Java) com MPCV em condições não-estéreis. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em delineamento de blocos ao acaso, com seis tratamentos e cinco repetições. Foram utilizados vasos preenchidos com 5 kg de solo oriundo do horizonte superficial de Argissolo série Itaguaí. Os tratamentos foram: 1- Testemunha não inoculada, 2- Fertilização com NH4NO3 à 75 mg kg-1 solo, 3- Inoculação com Rhizobium estirpe BR 3101, recomendada para a espécie, 4- Co-inoculação com BR 3101 e Azospirillum brasilense (Abv5 e Abv6), 5- Co-inoculação com BR 3101 e levedura Torulaspora indica (LA24 e LF22) e 6- Co-inoculação com BR 3101 + levedura + A. brasilense. As estirpes de A. brasilense de todos os tratamentos foram produzidas na Embrapa Agrobiologia, exceto a do tratamento 6 que foi fornecida pela empresa Nitrobacter®. A coleta das plantas foi realizada aos 60 dias após o plantio. Quantificaram-se o número (NN) e massa secas de nódulos (MSN), assim como a massa seca de raízes (MSR) e de parte aérea (MSPA). O número de nódulos ficou ao redor de 115 planta-1, exceto para o tratamento 6, que alcançou 211 nódulos planta-1, indicando que esse tratamento resultou em nódulos menores, uma vez que a MSN não diferiu entre os tratamentos, sendo em média 770 mg planta-1. A MSR foi incrementada com os tratamentos de co-inoculação contendo A. brasilense em relação à testemunha. Porém, somente o tratamento com co-inoculação de rizóbio, leveduras e A. brasilense apresentou desempenho superior à testemunha quanto a MSPA, indicando que a co-inoculação permite melhor estabelecimento da leguminosa.


Palavras-chave


Azospirillum brasilense; Torulaspora indica; leguminosa forrageira

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