Cultivo do grão-de-bico como alternativa de renda para o setor agrícola fluminense

Jerri Edson Zilli, Rafael Pacheco

Resumo


O grão-de-bico (Cicer arietinum L.) é a segunda leguminosa mais consumida no mundo, ficando atrás apenas da soja. No Brasil, o consumo de grão-de-bico tem aumentado, e até o ano passado o país importou uma média de 8 mil toneladas do grão para suprir o mercado interno.  A cultura do grão-de-bico no país vem apresentando um aumento expressivo nas áreas de plantio nos últimos anos, saindo dos cerca de 800 ha em 2017 para mais de 9.000 ha em 2019. Visando alavancar o setor agrícola fluminense, está sendo desenvolvido um projeto com o objetivo de avaliar o desempenho agronômico de diferentes cultivares de grão-de-bico e sua adaptabilidade às condições edafoclimáticas do Estado do Rio de Janeiro. Ensaios de campo estão sendo conduzidos em Seropédica (no campo experimental da Embrapa Agrobiologia), em Campos dos Goytacazes (na área experimental da UFRRJ) e na região serrana do Estado. Estão sendo avaliadas quatro cultivares (BRS Aleppo, BRS Cristalino, BRS Toro, Cícero) e duas doses de nitrogênio (60 e 120 kg ha de N-ureia), em 4 repetições. Serão coletados dados de fenologia da planta, acúmulo de biomassa e produção de grãos. Paralelamente, busca-se encontrar estirpes de rizóbio eficientes na fixação biológica de nitrogênio (FBN) em associação com plantas de grão-de-bico. Para isso estão previstos experimentos em casa-de-vegetação para avaliar o potencial simbiótico entre estirpes de Mesorhizobium spp. e cultivares de grão-de-bico, através da medição do acúmulo de biomassa de parte aérea, raiz e nódulos. Posteriormente, as melhores estirpes serão testadas em condições de campo, em experimentos em diferentes regiões do Estado, onde serão avaliados a nodulação, a biomassa de parte aérea, a produção de grãos e o acúmulo de N, e será estimada a FBN pelo método isotópico da abundância natural de 15N. Espera-se gerar informações sobre qual ou quais cultivares de grão-de-bico poderão ser indicadas para plantio no Estado do RJ e a recomendação de pelo menos uma estirpe eficiente quanto à FBN na cultura.


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