Manejo de espécies espontâneas como cobertura viva do solo

Mariella Camardelli Uzeda

Resumo


A vegetação espontânea consiste nas plantas que brotam de forma natural, sem interferência antrópica. Ainda que sejam estudadas como espécies competidoras, que representam prejuízos no contexto da produção, com as corretas práticas de manejo, de acordo com a cultura de interesse econômico, as espontâneas podem representar benefícios tanto na produção quanto na manutenção da qualidade do solo. A cobertura viva do solo consiste na vegetação presente, capaz de propiciar benefícios como proteção contra erosão, aumento do teor de matéria orgânica, manutenção da temperatura do solo, aumento da diversidade da fauna e flora, disponibilidade de nutrientes. De forma geral, as plantas mais utilizadas nesse tipo de cobertura são as leguminosas, que possuem uma grande importância em relação à fixação de nitrogênio, entretanto a maioria das espécies de leguminosas recomendadas são exóticas dependendo de um esforço de plantio e produção de sementes. O presente trabalho vem estudando a Diodia Saponariifolia. A espécie foi inicialmente coletada no município de Cachoeira de Macacu, por indicação dos agricultores locais que avaliam que a espécie possui potencial para proteção do solo e controle de espécies competidoras. Após multiplicação da espécie, foi estabelecido um experimento avaliando a capacidade de produção de biomassa, cobertura do solo, capacidade de controle de competidoras e a diversificação da comunidade de espontâneas. Foram estabelecidos 3 tratamentos, com e sem capina na implantação em comparação com uma área sem Diodia, sendo 5 parcelas para cada tratamento. O experimento encontra-se em desenvolvimento na Embrapa Agrobiologia.

Palavras-chave


Cobertura viva, Espontâneas, Leguminosas

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