Efeitos de gramíneas forrageiras sobre o crescimento inicial de mudas de espécies florestais

Thainá Alves dos Santos

Resumo


A fase de estabelecimento de mudas de espécies florestais em campo pode ser prejudicada pela presença de gramíneas invasoras que podem competir por recursos como água, luz e nutrientes, bem como liberar substâncias alelopáticas. Estudos preliminares mostraram que o grau de interferência da gramínea ocorre de modo diferenciado em função da espécie florestal. Os objetivos deste trabalho são avaliar a interferência no crescimento de 8 espécies florestais causada pela convivência com Urochloa decumbens Stapf e estudar quais fatores estão associados a essa interferência. Dois estudos serão conduzidos a pleno sol usando, como unidades experimentais, vasos de 12 L preenchidos com solo. No 1º estudo será avaliado o efeito da gramínea sobre as espécies Handroanthus impetiginosus; Schinus terebinthifolius; Enterolobium contortisiliquum; Plathymenia foliolosa; Eugenia uniflora; Aegiphila sellowiana; Inga edulis e Eucalyptus grandis. Os tratamentos consistirão das espécies florestais com a presença da planta competidora ou sem a mesma. O crescimento da parte aérea das espécies arbóreas será mensurado mensalmente. Aos 180 dias serão medidos a biomassa e o teor de nutrientes da parte aérea e de raízes da espécie arbórea e da gramínea, separadamente. No 2º estudo, as espécies mais afetadas serão avaliadas em um experimento com exclusão seletiva da competição por água ou nutrientes, ou do efeito da alelopatia. Quatro tratamentos consistirão do plantio da espécie arbórea na presença da braquiária e com ou sem limitação de água e/ou nutrientes. Um quinto tratamento consistirá do plantio da espécie arbórea sem a presença da braquiária e sem limitações de água e de nutrientes. As variáveis analisadas serão as mesmas do 1º estudo. Ao final do estudo, espera-se identificar quais desses fatores estão mais associados à restrição de crescimento da espécie arbórea, permitindo recomendações de manejo mais precisas em reflorestamentos.


Palavras-chave


Matocompetição; Braquiária decumbens; Alelopatia.

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