Utilização de zeólita como medida mitigadora nas emissões de N2O em sistema de criação de frangos de corte em substituição total ou parcial da cama de maravalha.

Fernando Zuchello, Bruno Rodrigues Alves, Segundo Urquiaga

Resumo


A produção de frangos de corte convencionalmente produz grandes quantidades de gases de efeito estufa, principalmente o N2O, em função do grande volume de excretas, ricas em nitrogênio. As zeólitas são aluminossilicatos, que representam uma classe de material cristalino, microporoso. Uma característica importante das zeólitas é sua capacidade de trocar total ou parcialmente seus cátions de compensação com cátions do meio onde é utilizada. Devido a essas propriedades físico-químicas a zeólita pode ser um mitigador potencial das emissões de N2O, reduzindo o acesso de microrganismos nitrificadores ao amônio, que é adsorvido pelo mineral. Dentro deste contexto, a utilização da zeólita em substituição total ou parcial da cama de aves pode reduzir a volatilização de amônia e as emissões de N2O, além de tornar a cama mais rica em N para uso posterior em lavouras. Este estudo visa avaliar o desempenho da zeólita em substituição total ou parcial da cama de aviário na mitigação de gases de efeito estufa. O estudo será conduzido em galpão de frangos de corte, por 14 lotes (1,5 anos). Serão utilizados dois galpões de 20 x 6 m divididos longitudinalmente, com uma das metades com cama tradicional (maravalha) e a outra com zeolita. As emissões de gases serão avaliadas semanalmente, até a retirada do 14º lote, utilizando-se câmaras estáticas fechadas. Em cada metade do galpão serão usadas 5 câmaras, distantes 4 m entre si. Após o último lote de frangos, a cama será retirada, caracterizada quimicamente, e aplicada como adubo para a cultura do milho.

Palavras-chave


Óxido nitroso; Volatilização; Zeólita.

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