Políticas de assistência técnica e extensão rural para comunidades quilombolas e sua contribuição para o etnodesenvolvimento.

Resumo

A implementação de políticas públicas para a assistência técnica e extensão rural (ATER) no Brasil são fundamentais para a viabilidade produtiva dos agricultores familiares e contribuem para o sucesso das ações de desenvolvimento local. Atualmente, o campesinato brasileiro é formado por diversas identidades, algumas delas demandando uma assistência técnica e práticas de extensão rural que entendam suas especificidades para que o propósito dessas ações seja eficiente. As comunidades remanescentes quilombolas, assim como as aldeias indígenas, são grupos étnicos que constituem a face desse rural. Com formas peculiares nas práticas da agricultura, os remanescentes quilombolas têm buscado reafirmar sua identidade étnica. A prática da agricultura familiar quilombola, faz parte da sua história de resistência e luta, contra a opressão da escravidão, em que os agricultores quilombolas desenvolveram saberes e técnicas peculiares de produção agroecológica, nos ecossistemas mais diversos. O governo federal tem criado ações de ATER específicas para esses grupos. Nesse trabalho pretendo apontar as estratégias do Estado para a promoção do etnodesenvolvimento em comunidades remanescentes de quilombo, através da ATER. A pesquisa, no momento, vem sendo realizada através de fontes telematizadas, com o levantamento, nos sites oficiais do governo, dos processos de transferência de tecnologias que tem sido realizado para esse grupo étnico no Estado do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Enfim, as políticas públicas para as comunidades quilombolas, mesmo com as dificuldades que enfrentam, estão em constante avanço na última década, podendo ser as ações de ATER um grande passo para a afirmação identitária e autonomia desses povos.

18/10/2012

19/10/2012