PEDAGOGIA DA ALTERNÂNCIA E IDENTIDADE RURAL ESTUDO DE CASO DO CENTRO FAMILIAR DE FORMAÇÃO POR ALTERNÂNCIA REI ALBERTO I

Resumo

A história agrária do Brasil e o processo de industrialização a partir do Século XX foram causadores do desprestígio da vida rural em várias regiões do país; do êxodo para a cidade e a falta de estímulos e perspectivas de vida ocasionaram a perda de vínculos identitários com a realidade rural de uma grande leva dos jovens. A construção da identidade é um processo que se inicia na adolescência e está relacionada às experiências, vivências que o sujeito tem com seu meio e com seu grupo social. Podendo essa experiência ser formadora de identidade ou levá-lo a negá-la, colocando o sujeito em busca de outros vínculos e de outras realidades. Nesta última situação estão parte dos adolescentes que remanescem das famílias de pequenos agricultores desprestigiados ao longo da história do país. Os Centros Familiares de Formação Por Alternância (CEFFAs) propõem um modelo de educação, a Pedagogia da Alternância, como forma de estimular a construção de bases de identificação do jovem no campo, a partir da valorização da realidade rural e estímulos para que os estes sejam protagonistas na construção de perspectivas de vida. Um dos resultados mais notáveis destas escolas no Brasil é a redução do êxodo rural do jovem. A investigação foi realizada com egressos do CEFFA Rei Alberto I, localizado na cidade de Nova Friburgo – Brasil, com intuito de se conhecer quais as contribuições da Pedagogia da Alternância na constituição de bases de identidade e no estabelecimento dos egressos do como protagonista de sua história. A metodologia fez o uso de questionários fechados para caracterização social e brasões para os dados referentes à formação e identidade. A análise qualitativa dos dados aponta como resultado uma maioria dos meninos querendo permanecer no campo, protagonista de sua história e insatisfação das meninas por não conseguirem o mesmo êxito.