Desafios da transferência de tecnologias para a viabilização da agricultura agroecológica no Estado do Rio de Janeiro

Resumo

Sugestão de data para apresentação: 17/10/12

O estado do Rio de Janeiro é o maior consumidor de olerícolas per capita do país. Parte significativa da produção de olerícolas é ofertada por meio da agricultura familiar. No entanto, essa categoria possui baixo nível tecnológico, o que demanda dedicação e disponibilidade de força de trabalho no processo produtivo. De outro lado, a busca crescente por alimentos saudáveis tem favorecido o fortalecimento da agroecologia, configurando-se como possibilidade concreta de agregação de valor na renda oriunda da agricultura familiar. A geração de tecnologias voltadas para práticas agroecológicas tem crescido nas instituições públicas, neste contexto, um dos diversos desafios para a viabilização da agricultura agroecológica, configura o da transferência de tecnologia. Para tal análise, acompanharemos a implantação do projeto “Sistema Integrado para a Produção de Mudas de Hortaliças” (SIPM): tecnologias para o fortalecimento da agricultura familiar Fluminense que visa socializar quatro tecnologias sociais e apropriadas com o propósito de potencializar a horticultura orgânica do Estado. O projeto será implementado em cinco regiões do Estado com o propósito de formação e fomento a produção de mudas, gargalo observado pela pesquisa em agricultura orgânica fluminense. Para que haja êxito na transferência de tecnologias, há outras variantes que vão além da técnica em si, que incluem o modo como se dará a capacitação da comunidade, capacidade da assistência técnica em fazer uso de metodologias que visem à participação dos assistidos pelo projeto, conhecimento da realidade local, capacidade da assistência técnica em transformar o conhecimento complexo numa linguagem acessível, sem que o mesmo perca sua complexidade. Necessitamos então de metodologias que facilitem tanto o processo de transferência de tecnologia em si, quanto o seu potencial de replicabilidade. Sendo assim, o resultado esperado será um roteiro que sirva de orientação para a replicabilidade de tecnologias, bem como seu processo de transferência.