Efeito do extrato aquoso de sabiá sobre a germinação de alface

Resumo

O sabiá (Mimosa caesalpiniifolia Benth.) pertencente à família Leguminosae é uma espécie amplamente utilizada em recuperação de áreas degradadas. Porém, o que se observa em muitos reflorestamentos realizados com predomínio desta espécie é uma estagnação no processo de sucessão natural, com baixa regeneração natural de outras espécies. Não é de conhecimento se é causa da eventual atuação do fogo, ou se essa espécie possua algum efeito alelopático. Portanto procurou-se com esse trabalho testar o efeito do extrato aquoso das folhas frescas, secas e da serapilheira do sabiá (incluindo galhos e refugo) sobre a germinação de sementes de alface (Lactuca sativa L.) em laboratório. O extrato aquoso do sabiá foi preparado a partir de material seco em estufa e triturado em moinho. As concentrações testadas foram de 0,0; 2,5; 5,0 e 10% p/v. Foram dispostas 50 sementes em placas de Petri sobre duas folhas de papel filtro esterilizadas. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com quatro repetições. Adicionou-se então, três mL de extrato em cada repetição. As placas foram lacradas com filme plástico e acondicionadas em câmara de crescimento regulada à temperatura constante de 25^o C e fotoperíodo de 12 horas. Avaliou-se diariamente o número de sementes germinadas e mediu-se o comprimento das raízes no sétimo dia. Calculou-se a porcentagem de germinação e o Índice de Velocidade de Germinação (IVG). A porcentagem de germinação não se diferenciou estatisticamente entre os tratamentos testados (p<0,05). Os menores valores de IVG e do comprimento das raízes foram observados na concentração de 10% para folhas frescas. Não foi detectado qualquer efeito alelopático dos extratos de sabiá na germinação de sementes de alface para as concentrações testadas

Apresentação: 16/10 ou 17/10